Exportações catarinenses caem 21,9%
As vendas das empresas catarinenses ao exterior sofreram queda de 21,86% no período de janeiro a março deste ano, em comparação com o mesmo período de 2008. Segundo levantamento da Federação das Indústrias de Santa Catarina, com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, divulgado ontem (8), os embarques ficaram em US$ 1,41 bilhão no primeiro trimestre.
As importações também se reduziram na mesma comparação, porém apenas 6,03%, para US$ 1,66 bilhão. Com isso, a balança comercial catarinense registrou déficit de US$ 256,96 milhões nos três primeiros meses do ano, o primeiro saldo negativo no período desde 1989, último dado disponível no sistema do MDIC.
O desempenho das exportações no trimestre mostra que os efeitos da crise estão sendo bastante severos sobre o setor exportador catarinense. Isso se deve, principalmente, à queda na demanda mundial e às dificuldades de acesso ao crédito para exportação.
Entre os 10 grupos de produtos mais embarcados pelo estado, o único a registrar crescimento foi o fumo, com alta de 28,55%. As carnes e miudezas de frango tiveram queda de 18,79%, mas ainda assim mantiveram a liderança na pauta das exportações, com US$ 311,46 milhões. Na seqüência ficaram os motores e geradores elétricos (queda de 2,25%), motocompressores herméticos (redução de 25,54%), produtos industrializados de frango (-1,45%) e carnes suínas (-22,46%).
Enquanto os destinos mais tradicionais reduziram as compras de produtos catarinenses, como os Estados Unidos (-32,73%), Holanda (-3,61%), Argentina (-26,22%) e Alemanha (-12,82%), alguns mercados emergentes registraram grande crescimento, principalmente Hong Kong (alta de 24,57%), África do Sul (aumento de 68,33%) e Arábia Saudita (mais 42,97%).
Nas importações, foram registradas grandes variações em diversos produtos, mas a pauta de compras internacionais do estado continua dominada por insumos para a indústria. Os itens mais importados foram catodos de cobre refinado, laminados de ferro e aço, polietilenos, polímeros de etileno em formas primárias e fios de fibras de poliesteres e artificiais.
A lista dos principais fornecedores do estado também não teve grande alteração, mantendo a liderança da China, seguida pela Argentina, Estados Unidos, Chile e Alemanha.